“Que seja excomungado quem não professar que Emanuel é verdadeiramente Deus e, portanto, que a Virgem Maria é verdadeiramente Mãe de Deus, pois deu à luz segundo a carne aquele que é o Verbo de Deus”.
O Dogma da Maternidade de Maria, definido aos 22 de Junho de 431, no Concilio de Éfeso, foi uma “resposta” a heresia de Nestor. Este assunto é demasiadamente longo, mas, antes de se falar mais sobre o assunto, é preciso saber o que é um dogma e sua importância.
“Ponto fundamental de doutrina religiosa ou filosófica, apresentado como certo e indiscutível.” Esta é a definição geral do que é um dogma, mas, na Santa Igreja, o que é um dogma? Dogmas são pontos da nossa Fé, definidas pela Santa Sé, como fundamentais e indiscutíveis. Portanto, se conclui que ao discordar, mesmo que internamente, de um dos dogmas, se deixa de ser católico e se torna um herege. (Em outro momento, nos aprofundamos mais no assunto). É importante também dizer que a maioria dos dogmas (praticamente todos) não são novos artigos de fé, e sim a proclamação oficial de que determinado artigo, faz parte do deposito de fé, portanto obrigatoriamente deve ser creditado.
O dogma da Maternidade Divina de Maria, parte de outro ponto importantíssimo: A união hipostática de Jesus, sua Natureza Divina esta completamente unida a sua Natureza humana, formando uma só pessoa.
Nestor, monge oriundo de Alexandria, se tornou Patriarca de Constantinopla (no oriente, tradicionalmente, os bispos vem de mosteiros). Outrora pastor zeloso, caiu na em heresia, para ele as duas naturezas de Cristo, formam duas pessoas distintas, essa doutrina anula a própria encarnação de Cristo. Nesta doutrina, Deus não se fez homem e sim viveu em um homem, e Maria seria mãe do homem e não do Deus.
Esta doutrina causou problemas entre o clero e entre os fieis, causando cisões, que duram até os dias de hoje (embora existam “negociações” para reunificação das Igrejas). Repare-se que este dogma foi proclamado como resposta ao pensamento herege, e não foi uma mudança de doutrina. Nossa Senhora já era, louvada e reverenciada como Mãe de Deus, e a Igreja já tinha como doutrina, a união hipostática de Jesus.
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