segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Nossa Senhora das Graças


No vigésimo sétimo dia do mês de Novembro do ano de 1830, Catarina Labouré, irmã de caridade da congregação de S. Vicente de Paulo foi fazer suas orações na capela do convento. Nesse momento, a Virgem Maria lhe apareceu e lhe revelou aquilo que se tornaria um fenômeno mundial de derramamento de graças, conversões e milagres: a Medalha Milagrosa. Essa foi uma revelação fenomenal do amor de Deus para com os homens.
Eis o relato da própria Santa Catarina Labouré: "Uma Senhora de mediana estatura, de rosto muito belo e formoso... Estava de pé, com um vestido de seda, cor de branco-aurora. Cobria-lhe a cabeça um véu azul, que descia até os pés... As mãos estenderam-se para a terra, enchendo-se de anéis cobertos de pedras preciosas. A Santíssima Virgem disse-me: ‘Eis o símbolo das Graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem ...' Formou-se então, em volta de Nossa Senhora, um quadro oval, em que se liam, em letras de ouro, estas palavras: ‘Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós'. Depois disso o quadro que eu via virou-se, e eu vi no seu reverso: a letra M, tendo uma cruz na parte de cima, com um traço na base. Por baixo: os Sagrados Corações de Jesus e de Maria. O de Jesus, cercado por uma coroa de espinhos e a arder em chamas, e o de Maria também em chamas e atravessado por uma espada, cercado de doze estrelas. Ao mesmo tempo, ouvi distintamente a voz da Senhora, a dizer-me:‘Manda, manda cunhar uma medalha por este modelo. As pessoas que a trouxeram, com devoção, hão de receber muitas graças".
Você pode esta se perguntando sobre a garantia da veracidade dessa aparição, sobre como saber se a irmã Catarina não teve uma alucinação. Creio que os teólogos e clérigos da época se fizeram a mesma pergunta, além do mais é preciso bastante cautela se tratando de um assunto como esse. A garantia da veracidade da aparição esta no trecho "Ó Maria concebida sem pecado", pois mesmo os cristãos desde os primórdios terem a certeza de que Nossa Senhora era isenta de qualquer mancha, inclusive a do pecado original, não existia nenhum dogma sobre o assunto. O assunto estava sendo estudado por intelectuais de Roma e a possibilidade de uma irmã ainda iniciante da França saber eram quase inexistentes.
Apesar da aparição, a irmã Catarina foi enviada a um asilo para cuidar dos idosos, como era o carisma de sua ordem, mas a voz da Santíssima Virgem falava em seu interior pedindo que cunha-se e distribuísse a medalha. Catarina disse ao seu confessor que após muito relutar pediu ao Arcebispo de Paris, Dom Jacinto Luís de Quélen que autorizou. Em fevereiro de 1832, uma grande epidemia de cólera devastou a região, causando a morte de mais de vinte mil pessoas. Neste período, o Padre Aladel, mandou cunhar as primeiras medalhas e muitas curas aconteceram através do seu uso, assim a devoção de alastrou velozmente. Hoje eu tenho a graça de possuir uma medalha milagrosa. 
Nossa das Graças! Rogai por nós.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Literatura e Fé II - Para entender a Inquisição



Os anticatólicos costumam usar contra nós a realidade do Tribunal do Santo Oficio (Inquisição), mas será que foi realmente da forma que dizem por ai?
Claro que não! Eles contam diversas mentiras.  Dentre elas a de que a Inquisição foi uma instituição criada pela Igreja para aumentar o seu poder. A Inquisição foi um ato de misericórdia para com os hereges, que antes eram mortos sem devido julgamento... Isso mesmo os hereges eram mortos pelo povo (que zelava pela fé recebida da Igreja, consideravam um crime de lesa majestade divina) ou pelo Estado (que zelava pela ordem social, pois as heresias perturbavam a ordem, sendo muitas delas anarquistas), e apesar de a pena de morte ser moral, é de extrema importância um devido julgamento, por isso a Igreja interviu. Alguns dizem ainda que a Igreja perseguia os  não cristãos, isso raramente acontecia, pois o objetivo era conter as heresias como a dos Cátaros (que levou a criação do tribunal). Caso de perseguições a judeus e árabes aconteceram em lugares como a Espanha, onde o Estado impulsionado pelo povo (que queria se livrar dos invasores muçulmanos) e se aproveitando da influencia que tinham sobre o clero local, ordenaram perseguições aos que continuando no reino não se convertessem ao catolicismo.  
Essas e demais situações são apresentadas e explicadas com argumentos fundamentados em diversos historiadores (muitos não católicos e hostis a Igreja), pelo professor Felipe Aquino no livro 'Para entender a Inquisição', para esclarecer a juventude católica, que alienada pelos professores de historia e pela mídia, acaba acreditando nessas acusações fraudulentas feitas contra o tribunal da Santa Inquisição, que não foi reprovada por santos e santas da Igreja como: São Francisco de Assis, São Tomas de Aquino e Santa Clara. A situação é tão critica, que tudo que se diz contra a inquisição é acreditado, sem a minima prova. O tema da inquisição é um tanto delicado e complexo, por tanto não é concebível que falemos o suficiente em artigos no blog, por essa razão indico este livro.
Uma ótima leitura e que Deus nos abençoe.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Literatura e Fé I – Ortodoxia

Untitled-1

Salve Maria! Nós Jovens precisamos saber mais, em que crer e por que crer. Precisamos saber responder o porquê de nossa esperança. Uma ótima forma de conhecermos nossa fé e sabermos a responder em nossa defesa a todos que pedirem a razão de nossa esperança (Cf I Pedro 3, 15), é a leitura do catecismo/youcat, das encíclicas, escritos dos santos e livros católicos em geral. Por esse motivo resolvi criar essa coluna, onde indicarei alguns livros, falando um pouco sobre eles.

Nesse primeiro post irei falar sobre um livro fantástico que tive o prazer de ler. Ortodoxia foi escrito por G.K. Chesterton, sem duvidas um dos melhores livros que já li, não só pelo assunto abordado, mas pela desenvoltura com que o conteúdo é tratado. Nesse livro ele faz uma autobiografia espiritual, defendendo a fé de uma forma racionalista. Responde as filosofias e doutrinas surgidas no século XX, mostrando como ele um ex-agnóstico conheceu a Ortodoxia (Fé reta). Descrevendo suas experiencias deixa em evidencia a fraqueza da argumentação ateia/agnóstica, chegando a compara-los a loucos, o que com sua explicação sobre o 'pensamento em circulo' se torna evidente. Em suma Chesterton nos revela que para ser Ortodoxo é preciso estar em uma eterna revolução e que os argumentos ateus/agnósticos contra o cristianismo são muitas vezes auto-contraditórios ou em vários casos provas da veracidade da Fé cristã-católica.
"Se me perguntarem, num sentido puramente intelectual, por que acredito no cristianismo, só posso responder assim: "Pela mesma razão que faz um agnóstico inteligente não acreditar nele". Acredito no cristianismo de modo totalmente racional, com base na evidência. Mas a evidência no meu caso, como no caso do agnóstico inteligente, não está nesta ou naquela alegada demonstração; está num enorme acúmulo de fatos pequenos, mas unânimes."
Infelizmente, Chesterton não é muito divulgado no Brasil, isso provavelmente se deve a maldita ideologia que se alastrou sobre nossa pátria, mas com a Graça de Deus e sob a proteção da Santíssima Virgem esse quadro será mudado. 
Eu indico esse livro a todos os que querem ter uma leitura útil e agradável, para formar uma opinião solida, sabendo em que e por que crer, não caindo no papo desses ateus pseudo-cientistas.
"Aceitar tudo é um exercício, entender tudo é uma tensão. O poeta apenas deseja a exaltação e a expansão, um mundo em que ele possa se expandir. O poeta apenas pede para pôr a cabeça nos céus. O lógico é que procura pôr os céus dentro de sua cabeça. E é a cabeça que se estilhaça."
Para aqueles que se interessaram sobre Chesterton, ai esta o link do 'seu' Blog no Brasil.