Salve Maria, irmãos hoje é o dia de São Domingos de Gusmão (grande Santo Mariano), por isso segue a baixo alguns trechos de sua Biografia.
Família
Dom Félix de Gusmão e Dona Joana de Aza formaram um casal feliz. Seus filhos Antônio, Mares e Domingos são o melhor testemunho de vida conjugal que Deus chamou a Seu santo serviço. Antonio foi sacerdote e dedicou sua vida ao serviço dos pobres e doentes num hospital. Domingos, o caçula da família, também foi escolhido por Deus para ser sacerdote da Diocese de Osma, e Pai e Fundador da grande Família Dominicana. Manes seguiu os passos de seus irmãos. Vestiu o hábito de irmão pregador e se dedicou ao anúncio da Palavra de Deus. (p.16)
A mãe tem um sonho que revela a missão de São Domingos
Dona Joana era uma mulher…muito querida por ser compassiva e generosa com os pobres e necessitados. (p.19)
Conta a tradição, que Dona Joana, quando grávida de Domingos, certa noite sonhou que dava à luz um cachorro branco e preto que segurava na boca uma tocha, com a qual ia incendiando o mundo por onde passava. Preocupada com um sonho tão singular, foi visitar o mosteiro de São Domingos de Silos, próximo a Caleruga, e pediu ao monge que fizesse a interpretação daquele sonho. Na intimidade de sua oração, ouviu a seguinte resposta: “Seu filho será um fervoroso pregador do Evangelho e com sua palavra atrairá muitos à conversão e alertará os pastores da Igreja contra seus inimigos”. (p.20)
Esta resposta tranquilizou Dona Joana, que esperou pelo tempo em que o Senhor cumpriria o Seu desígnio. Por isso, os escultores e pintores representam São Domingos de Gusmão acompanhado de um cão com uma tocha na boca, com uma significativa legenda: “Domini canis”, isto é “Cães do Senhor”. (p.21)
O batismo
O menino do sonho misterioso nasceu a 24 de junho de 1170. Foi batizado na Igreja paroquial de São Sebastião de Caleruega e, em gratidão a São Domingos de Silos, seus pais lhe puseram o nome de Domingos. (p.22)
Durante a cerimônia do Sacramento do Batismo, sua mãe viu uma luz à frente do menino, com um resplendor extraordinário. Desde então, essa luz nunca mais deixou de iluminar seu rosto. Depois de cinquenta anos, irmã Cecília Romana, discípula de São Domingos, escreveu: “De sua face saía certo resplendor que seduzia a todos e arrastava-os ao seu amor e reverência”. Esta maravilhosa graça é representada por uma estrela na testa de Domingos; por isso, a liturgia dominicana canta: “Oh! luz da Igreja, doutor da verdade…pregador da graça…” (p.23)
Lectio Divina
O estudo da “sagrada página” ou “lectio divina”, como se costumava chamar o estudo da Teologia na época, ocupava-lhe todo o dia e parte da noite. Verdadeiramente, era incansável quando se tratava de estudo. Era um estudante austero e mortificado. Abstinha-se de beber vinho e daqueles passatempos que a juventude apreciava. Domingos vivia atento às necessidades do próximo e sentia-se profundamente solidário com os sofrimentos do outro. Fez de sua casa, a “casinha de esmola”, o dispensário onde os pobres podiam encontrar alimentos, roupas e até dinheiro para comprar a liberdade de algum cristão cativo dos mouros. (p.37)
Ordenação Sacerdotal
A ordenação sacerdotal de Domingos, aos 25 anos, veio dar resposta à sua inquietude. O seu sacerdócio deu-lhe a faculdade de pregar o Evangelho. (p.55)
A vivência da pobreza
Ia de lugar a lugar como os Apóstolos: a pé, descalços, pregando a Boa-Nova e mendigando o pão de porta em porta. (p.99)
Nascimento da Ordem dos pregadores
No mês de abril de 1215, os padres de Toulose, Frei Pedro Seila e |Frei Tomás, eloquentes pregadores, professaram o seguimento de Cristo vivendo o mesmo estilo de vida de Domingos….Em meados do mês de junho, do mesmo ano, a pequena comunidade, com residência em casa de Pedro Seila, recebe uma carta do bispo de Toulouse, na qual confere a Domingos a missão de pregar na sua diocese, e a autorização para fundar a Ordem dos Pregadores.(p.134-135). Inocêncio III acolhe o projeto de Domingos.(p.140).A falta de preparação adequada do clero fez com que o Concílio reservasse aos bispos o direito de pregar a Palavra de Deus….A tradição da época narra que o Papa Inocêncio III, intrigado com a posição do Concílio, que proibia a fundação de novas ordens religiosas, sonhou que a Igreja de São João de Latrão estava caindo, devido à quebra das estruturas, e que Domingos carregava nos ombros parte do edifício, evitando que a Igreja caísse por terra. O papa Inocêncio III reconheceu, neste sonho profético, que a Ordem que Domingos queria fundar seria uma coluna na Igreja. Por isso, mandou chama-lo, aprovou sua proposta e o despediu com sua benção…Em meados de dezembro de 1215, o Papa manda chamar Domingos para comunicar-lhe que havia decidido aprovar validamente sua Ordem, como tinha feito com a Ordem de São Francisco de Assis.(p.143-146). Confirmação da ordem-Quando Domingos se dispunha a voltar a Roma, pra apresentar ao papa Inocêncio III o resultado da escolha da Regra…foi informado da morte do Pontífice, ocorrida em 16 de julho de 1216. Com a confiança no Senhor, Domingos apresentou-se ao novo Papa, Honório III…que..no dia 22 de dezembro de 1216…expedia a Bula de confirmação da ordem.(p.152). Em 11 de fevereiro de 1218, o Pontífice expedia a Bula, dando à Ordem o honroso título de “Irmãos da Ordem dos Pregadores”…com plena faculdade de exercer este ministério na Igreja e fora dela.(p.153);
Os mendicantes
O bispo Folques é consciente das limitações econômicas da nascente comunidade de irmãos pregadores; cria-se um fundo econômico, proveniente do dízimo paroquial, para o sustento dos irmãos….Domingos inicia a formação de novos irmãos pregadores, na escola da absoluta confiança na providência de Deus, vivendo na mendicância itinerante.(p.137).
Preparação teológica
Para desempenhar a missão de pregadores itinerantes, Domingos não descuidava da formação permanente de seus companheiros. Numa manhã d 1215, Domingos inscreveu seis dos seus irmãos na escola de teologia do professor inglês Alexandre Stavensby. Domingos queria que seus filhos estivessem em dia com as correntes teológicas, para o exercício da pregação… (p.139).No que diz respeito à formação espiritual, exortava os irmãos a serem: humildes…assíduos na oração, desprendimento total, sempre dispostos a renunciar a própria vontade, e executar com obediência voluntária ao que manda o prelado.(p.148).Observar o silêncio, nas horas e lugares distintos à oração e ao estudo; não falar mal nunca dos ausentes e guardar diligentemente os livros, roupas e outras coisas que estão a serviço da comunidade.(p.149).
São Domingos de Gusmão e o Rosário
Quando a tentação envolve os irmãos nas dúvidas sobre a sua vocação, Maria lhes alcança o dom da perseverança; abençoa o dormitório e cuida do sono. Quando surgem as necessidades Nossa Senhora as provê e serve; não permite nunca que lhes falte o pão de cada dia, e no ministério da pregação, assiste-lhes manifestamente…(p.164)
Domingos, em suas horas de encontro filial com a Mãe de Deus, sente a feliz inspiração de orar com o Evangelho. Assim nasceu a oração do Evangelho do Rosário, centrado no mistério do Verbo Encarnado. Para combater os cátaros, Domingos lê um determinado acontecimento do Evangelho, comenta, convida à reflexão e conclui com a recitação da Ave-Maria. Por isso, acertadamente, é chamado de Rosário: “Compêndio de todo o Evangelho”. (p.165)
Encontro de São Domingos de Gusmão com São Francisco de Assis
No final de 1220, Domingos se encontra com o cardeal Hugolino, em Toscana, e para sua sorte, tem a oportunidade de encontrar e conhecer Francisco de Assis, a quem, desde aquele momento, sente-se fraternalmente unido no amor do Senhor. (p.179)
Missão de São Domingos de Gusmão
Evangelização ardente, com o exemplo de oração e de pobreza heroica do pregador, revelam seu amor ao Salvador e às almas; uma palavra que se dirige a todos: aos bons cristãos para melhora-los na sua vida espiritual mais profunda e uma ação mais generosa; a dos hereges para aborda-los de frente, iluminar suas mentes e conduzi-los de novo a Cristo Ressuscitado”. (p.187)
Enfermidade e morte de São Domingos de Gusmão
Domingos passa os dias e as noites em claro; entretanto, sua enfermidade avança…Domingos…pediu de imediato que ao falecer fosse levado ao convento de São Nicolau, porque queria ser sepultado junto com seus irmãos…em nenhum momento a febre e a dor mudaram a expressão de seu rosto, sempre sereno, sorridente e alegre. (p.189)
Na aflição e o pranto dos irmãos comovem Domingos e lhe arrancam palavras de consolo: “Não choreis; eu serei mais útil para vocês depois da morte, mais do que em vida”. (p.190)
Frei Rodolfo está à cabeceira de Domingos, e com uma toalha vai secando o suor mortal de seu rosto. De repente, Domingos murmura: “Comecem”. Os irmãos recitam o Credo; logo as orações rituais da encomendação da alma, e quando invocam: “Vinde em sua ajuda, Santos de Deus. Acudi-o, anjos do Senhor. Recebe a sua alma na presença do Altíssimo, Domingos morre na doce serenidade dos justos. Era tarde de 6 de agosto de 1221. (p.191)
Bibliografia: Nas pegadas de São Domingos de Gusmão. Ir. Maria Izabel Coenca. Ed. Palavra e prece. 2008.
Na noite de 23 de maio de 1233, os irmãos se reuniram em torno do túmulo…Então, em presença de uma verdadeira multidão, os Irmãos…finalmente abriram o caixão. A cada etapa, um perfume maravilhoso, misterioso se espalhava por toda a Igreja…(p.56)
Algum tempo depois, um pedido de canonização de Domingos foi apresentado pelo Bispo, pela universidade e a comunidade de Bolonha…a 3 de julho de 1234,..Gregório IX proclamou a santidade de Domingos. (p.56)
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